É difícil
encarar uma demissão, um grande amigo se mudando de pais, o término de um
namoro. Mas daqui a pouco encontramos outro emprego, o amigo retorna, nosso
coração salta novamente por outro amor. Essas sãs as perdas da vida às quais
nos acostumamos, é a conseqüência por estarmos em constante movimento nesse
mundo.
Porém, por
mais que tentem nos ensinar que a única coisa dessa vida da qual temos certeza
é a morte, ainda não aprendi a lidar com o vazio que fica quando se perde
alguém para sempre.
Já perdi
amigos que não substituirei jamais, familiares cujo abraço de conforto eu não
mais sentirei. Conviver com esse vazio, essa lacuna que nenhuma outra pessoa
pode preencher é a parte mais difícil.
O eterno nos
maltrata, a expressão “nunca mais” nos tira o chão: “nunca mais” olhar nos
olhos, “nunca mais” acariciar os cabelos, “nunca mais” sentir o abraço, “nunca
mais” ouvir a voz, “nunca mais”...
Difícil é
encarar a falta de quem não voltará mais, de quem nos deixou apenas a saudade.
Saudade essa
que faz transbordar os olhos quando uma lembrança nos pega desprevenidos, que
dói por existir e não poder ser extinta. A mesma saudade que nos conforta,
aquece nosso coração e nos faz, mesmo em meio às lágrimas, sorrir por saber que
apesar de não estarem mais aqui essas pessoas fizeram parte de nossas vidas, e
que talvez, em uma outra vida, poderemos encontrá-las.
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