Páginas

sábado, 20 de agosto de 2011

O cara certo

Eu disse que o cara certo tinha que me fazer sentir ciúmes, me enlouquecer tentando o encontrar nas minhas noites solitárias, e, o principal, me deixar sentir saudades de vez em quando.

Fala com todas as tuas amiguinhas, elogia elas perto de mim, combina aquele programa de seta-feira a noite que íamos fazer só nos dois com todas elas. Depois me da um beijo daqueles que só você sabe, fala no meu ouvido que elas te fazem rir, mas só eu te enlouqueço. Faz assim que eu te amo, e continuo odiando todas elas.

Diz pra mim mais uma vez que o telefone não funciona bem na sala ao lado, que a tua secretária eletrônica não sabe anotar os recados direito ou que sem querer meu numero sumiu da tua agenda. Diz tudo isso e aparece na terça-feira de chuva pra me fazer companhia sem que eu ligue antes.

Some por dias a fio, sem deixar rastro nem post-its ridículos colados na escrivaninha. Mas depois volta trazendo consigo todo esse sorriso que me derrete e esses olhos marotos que dizem saber que eu quase morri de saudade.

Parabéns, você já é o cara certo, agora é hora de parar.

Eu mereço, eu admito. Adorava esses joguinhos e sempre fui uma das melhores jogadoras. Joguei sujo com você, mas no fim quem perdeu fui eu. Chega desse de brincar de pega-pega, de correr atrás de ti mas sempre ser pega no final.

Diz com todas as letras e espaços que gosta de mim, esteja aqui quando eu precisar de ti e, por favor, não desapareça mais do meu radar. Para de brincar com o meu coração arrítmico, esquece tudo o que eu disse e seja o cara certo que você queria ser.

Um comentário:

Ana EmíliaYamashita disse...

Normalmente é assim mesmo.