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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Entre páginas amarelas e letras recém impressas



Não sei definir um livro predileto, nem mesmo apenas um que tenha marcado minha vida, por isso os livros em destaque serão aqueles que despertaram meu interesse pro mundo da leitura, os primeiros que ficaram gravados em mim.

Minha história com os livros começou desde muito pequena, minha mãe os adora e me ensinou também a adorá-los. Cresci aprendendo que nos livros encontramos muito mais do que letras, encontramos novos mundos, novos aprendizados, e porque não, encontramos também companhia. Não me lembro da primeira história que ouvi, nem do primeiro livro que ganhei, mas quando penso em livros na minha infância um me salta a memória. Era um livro grande, colorido: uma coleção de histórias da Disney. Fiquei encantada. Com ele eu podia ler a história dos 101 dálmatas, Ariel, A Bela e a Fera, A Dama e o Vagabundo e tantas outras! Todos aqueles desenhos que eu via na televisão agora ficavam a cargo da minha própria imaginação através daquelas palavras – talvez esse seja o motivo de eu gostar mais dos livros do que das versões cinematográficas. Ele ficou por muito tempo ao lado da minha cama, afinal eu não podia ir dormir antes de ler algumas páginas dos personagens que povoavam o meu imaginário.

As histórias infantis depois de um tempo não tinham mais a mesma graça, então comecei a vasculhar os livros antigos da minha mãe, e eis que em meio a romances manjados eu encontro “O Morro dos Ventos Uivantes”, mas não se enganem, ele não passava nem perto da versão atual de capa moderna e folhas bonitinhas. É um livro de páginas amareladas, com a capa dura e totalmente preta, e o título escrito numa pseudo letra cursiva prata, que guardo até hoje na minha estante Tive que escutar diversas piadinhas dos meus primos, e quem diria dos meus tios, toda vez que eu pegava o dito livro tinha que ouvir: “isso Tay, evangeliza os teus primos, lê um pouco da Bíblia pra eles” – nada contra a leitura da Bíblia diga-se de passagem.

Depois disso não parei mais de ler.

Já me decepcionei com muitos livros, já abandonei tantos outros após algumas poucas páginas, mas também já me surpreendi. Com o passar do tempo aprendi a ser mais crítica, hoje já não é toda história de ação que me prende, nem todo ser de outro mundo que faz minha imaginação correr solta, e dos romances água com açúcar já desisti há algum tempo.

Apesar desse senso crítico, não aprendi a definir apenas um livro ou ator predileto, mas possuo os meus xodós – aqueles que eu não queria emprestar pra ninguém porque são meus e só meus (uma risada maquiavélica se encaixa aqui) – mas posso citar vários autores que me acompanharam nesses anos e que eu amo: Dan Brow, Markus Zusak, Stephen King, J. K. Rowling, Harlan Coben, Stieg Larsson.

No inicio do texto afirmei que não tinha apenas um livro que marcasse minha vida, e depois desse texto quase terminado acho que entendi por que. Eu sou feita de fases, e pra cada uma dessas fases eu encontro um livro ou personagem que se encaixa direitinho – acreditem se eu fosse escrever todos aqui esse texto ficaria muito extenso – por isso não consegui encontrar um apenas que me definisse ou se destacasse notoriamente. Por isso acho que a minha dica não é de um livro específico, mas indico pra vocês O livro, esse conjunto de paginas e letras que fazem nossa vida um pouco mais fácil e melhor, que estimula nossa imaginação, e porque não, nos fazem querer criar na vida real um pouquinho desse mundo de fantasia que encontramos neles.

Um comentário:

Georgia Soares disse...

Se quiser uma dica, leia Extremamente Alto e Incrivelmente Perto de Jonathan Foer!