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quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Por mais que ela tentasse era difícil seguir.

Já haviam se passado semanas desde aquela infeliz manhã. Os dias haviam sido péssimos.
Os olhos dele ainda buscavam os dela nos corredores, mas ela teimava em não corresponder. Não podia se deixar levar por aqueles olhos. Tentava ser forte todos os dias. Sobreviver a mais uma desilusão.

Fechou a porta do quarto. A música no último volume. Ela grita. Grita o mais alto que pode. As lágrimas que ela insistiu que não caíssem agora a vencem. Pela janela ela vê a chuva que cai incessantemente lá fora. As paredes começam a sufocá-la. Ela corre pra rua. As gotas lavando sua pele e sua alma. Caminha sem saber pra onde. A direção ela perdeu há muito tempo... Ela para e olha em volta. Não há ninguém. Ninguém para tirá-la de tudo isso. Ninguém para salvá-la.




As lágrimas cessam, a chuva havia parado e o sol começa a nascer. Não lembra quanto tempo esteve ali. A paz tão deseja finalmente toma conta dela. Ela não sabe o porque dessa sensação, mas agora não dói tanto. A beleza daquela cena a invade, o sol aparecendo no horizonte, e ela permanece onde está, imóvel. Pensa nele apenas uma ultima vez.

É hora de ir para casa. É hora de acordar do pesadelo e finalmente deixar tudo para trás.

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