Páginas

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

A dor de uma eterna despedida



É difícil encarar uma demissão, um grande amigo se mudando de pais, o término de um namoro. Mas daqui a pouco encontramos outro emprego, o amigo retorna, nosso coração salta novamente por outro amor. Essas sãs as perdas da vida às quais nos acostumamos, é a conseqüência por estarmos em constante movimento nesse mundo.

Porém, por mais que tentem nos ensinar que a única coisa dessa vida da qual temos certeza é a morte, ainda não aprendi a lidar com o vazio que fica quando se perde alguém para sempre.

Já perdi amigos que não substituirei jamais, familiares cujo abraço de conforto eu não mais sentirei. Conviver com esse vazio, essa lacuna que nenhuma outra pessoa pode preencher é a parte mais difícil.

O eterno nos maltrata, a expressão “nunca mais” nos tira o chão: “nunca mais” olhar nos olhos, “nunca mais” acariciar os cabelos, “nunca mais” sentir o abraço, “nunca mais” ouvir a voz, “nunca mais”...

Difícil é encarar a falta de quem não voltará mais, de quem nos deixou apenas a saudade.

Saudade essa que faz transbordar os olhos quando uma lembrança nos pega desprevenidos, que dói por existir e não poder ser extinta. A mesma saudade que nos conforta, aquece nosso coração e nos faz, mesmo em meio às lágrimas, sorrir por saber que apesar de não estarem mais aqui essas pessoas fizeram parte de nossas vidas, e que talvez, em uma outra vida, poderemos encontrá-las.