E por mais que repetisse milhares de vezes, era impossível se convencer. Ele é só um amigo, só um amigo. Apenas um amigo. Fácil fazer a mente acreditar, mas tentar convencer o coração teimoso é outra história!
Tudo o que mais queria era que ele a tomasse de novo nos braços, as mãos enlaçando sua cintura, os corpos tão juntos que era possível sentir os corações pulsando - em total sincronia - os lábio tocando de leve os seus.
Foi tão bom imaginá-lo sempre ali, a segurança da mão dele sobre a dela, as palavras ditas baixinhas no ouvido, o olhar que dizia que ele também a queria como ela sempre o quis.
Mas a noite acaba, as estrelas deixam de brilhar e o sol aparece ofuscante no horizonte. Os dois se despedem e sabem que amanhã serão amigos de novo. Apenas amigos.
Antes de dormir, sozinha no escuro, ela vai lembrar daquela noite. Enquanto ele sorri, no meio de mais uma brincadeira, ela vai lembrar daquela noite. Em cada palavra, em cada gesto, ainda sobra um resto de saudade, uma pequena recordação...
Mas eles são amigos, e apenas amigos...